Não sei bem porque, mas comecei a lembrar-me do Natal de dez anos atrás. Talvez porque tenha sido um dos Natais mais legais depois da infância. Foi o primeiro Natal que passamos só nós três a meia noite e, pensando bem, isso aconteceu pouquíssimas vezes até hoje. Lembro-me que o clima era leve e, na realidade, parecia mais fim de ano do que Natal. Acho que estávamos adiantando a nossa virada de ano, já que a de fato não passaríamos juntas. Era um fim de ano que tínhamos muito a comemorar. Seja por acontecimentos bons do ano, seja por ele ter chegado ao fim e todos termos sobrevivido.
Em noventa e cinco minha mãe ganhara independência, tinha pela primeira vez uma casa dela e, acredito, estava feliz com isso. Eu havia me tornado filha de pais separados e isso era um bocado estranho. Também havia me tornado uma adolescente típica, com direito a viagens de turma, namorado dentro de casa e motivos para me revoltar com o mundo. Além do mais, estava prestes a entrar no segundo grau. É impressionante como alguns anos parecem que vêm para dar uma reviravolta na vida da gente e passam deixando uma necessidade imensa de assimilação, aquele foi um ano desses. Lembro que enquanto brindávamos a mãe disse que o próximo ano seria uma fase de se adaptar a todas as mudanças e, de certo modo, foi. Por mais louco e, de certa forma triste, noventa e cinco está entre os melhores anos que já vivi.
Muito engraçado como as lembranças vieram claras. Lembro-me até da roupa que eu usava, um vestidinho preto com flores laranja. Putz, como eu queria ter uma sandália igual a que eu usei aquela noite, salto baixo, graciosa e extremamente confortável. Ah, naquele ano também passei a usar salto. Lembro de acabar a noite sentada, com algumas latinhas vazias em volta, na escada de um prédio comercial na Dona Laura, o prédio onde era o consultório do psiquiatra do meu pai. Que viagem.
Mas, enfim, chega de nostalgia. Por mais campanhas contra que eu tenha feito, o tal do Natal está aí, então: Feliz Natal para todos.
Em noventa e cinco minha mãe ganhara independência, tinha pela primeira vez uma casa dela e, acredito, estava feliz com isso. Eu havia me tornado filha de pais separados e isso era um bocado estranho. Também havia me tornado uma adolescente típica, com direito a viagens de turma, namorado dentro de casa e motivos para me revoltar com o mundo. Além do mais, estava prestes a entrar no segundo grau. É impressionante como alguns anos parecem que vêm para dar uma reviravolta na vida da gente e passam deixando uma necessidade imensa de assimilação, aquele foi um ano desses. Lembro que enquanto brindávamos a mãe disse que o próximo ano seria uma fase de se adaptar a todas as mudanças e, de certo modo, foi. Por mais louco e, de certa forma triste, noventa e cinco está entre os melhores anos que já vivi.
Muito engraçado como as lembranças vieram claras. Lembro-me até da roupa que eu usava, um vestidinho preto com flores laranja. Putz, como eu queria ter uma sandália igual a que eu usei aquela noite, salto baixo, graciosa e extremamente confortável. Ah, naquele ano também passei a usar salto. Lembro de acabar a noite sentada, com algumas latinhas vazias em volta, na escada de um prédio comercial na Dona Laura, o prédio onde era o consultório do psiquiatra do meu pai. Que viagem.
Mas, enfim, chega de nostalgia. Por mais campanhas contra que eu tenha feito, o tal do Natal está aí, então: Feliz Natal para todos.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home