quinta-feira, janeiro 01, 2009

Adoro primeiro de janeiro. Sempre adorei. Por maior que tenha sido a festa na noite anterior, por mais incômodos que se tenha tido. As mágoas do dia primeiro nunca são tão doloridas, nem a ressaca é tão cruel. Sei que tudo é muito simbólico, mas nunca neguei que adoro símbolos. E não existe símbolo que me reconforte mais que o da possibilidade do recomeço. Renata significa renascida. Quando meu nome foi escolhido provavelmente isso não tenha sido levado em conta. Não sei se me adaptei ao nome ou o nome foi escolhido muito bem, mas renascer, no sentido de recomeçar, é a palavra que melhor poderia me definir. Fora a morte, e só no sentido bem materialista, nada é irreversível, mas sinceramente, também vejo a morte como um recomeço. Tudo sempre tem jeito, tudo pode ser mudado, nada é definitivo. A vida é feita de escolhas e circunstâncias. Circunstâncias que junto com a essência pessoal levam as escolhas. Em última análise tudo acontece pelas escolhas. As escolhas são nossas, ou seja, podemos optar. Optar por mudanças leva a recomeço.

Primeiro de janeiro é sempre propício ao recomeço. Temos janeiro inteiro para refletir e montar um plano de ação para o próximo ano. Acho que por isso gosto tanto de janeiro em Porto Alegre, a falta de filas nos cinemas e nos supermercados propicia momentos mais tranqüilos (ainda tenho 3 anos para me despedir do trema) e maior reflexão e busca pelo equilíbrio. - Convenhamos que manter o equilíbrio numa fila de caixa de uma loja de brinquedos no dia 23 de dezembro é uma tarefa mais divina que humana. – Pois é, janeiro está aí nos pedindo um tempinho para nós mesmos, para olharmos para o que temos feito por nós mesmos, para o quanto contribuímos para a nossa felicidade e dos que amamos.

Enfim, esta é a minha forma meio estranha, mas bem pessoal de desejar um feliz ano para todos.

P.s: sim, ressuscitar o blog em primeiro de janeiro pode ter algum significado oculto.

sábado, abril 19, 2008

Em meio a aula sobre inclusão digital lembrei-me de um diálogo que presenciei dia desses. Até pensei em comentar, mas como andava precisando de assunto para o blog...

Estávamos, eu e algumas amigas do trabalho, almoçando em um restaurante ali bem na frente do Hospital Conceição quando comecei a prestar atenção na conversa de uma delas ao celular:

- No yahoo eu não sei o que diz exatamente, mas sempre diz algo como anexar, mandar anexo, enviar documento..... Aí deve ter um botãozinho, tu clica nele. Vai abrir uma janela, nela tu escolher a pasta onde está o documento. Sim, meus documentos. Está salvo nos meus documentos. Isso. Clica nele e depois me envia, tá? É, é, eu esqueci de me enviar e agora to precisando deste arquivo. Brigada, viu? Tchauzinho.

Quando a ligação terminou todas na mesa estávamos olhando para ela. Na realidade esperando alguma “legenda” para aquele diálogo, alguma explicação que torna-se plausível a pessoa do outro lado da linha não saber anexar um email. Algo do tipo: era a minha avó, sei lá. Entretanto, a resposta que veio parecia brincadeira.

- É o cara lá de uma lan house perto de casa.

Na realidade fico sem ter muito o que dizer diante desta historinha que eu contei. Na hora fiquei perplexa, mas acho que ela ilustra muito bem a disparidade entre ter acesso ao hardware e estar incluso digitalmente.

Marcadores:

Eu sempre tive a teoria que um blog poderia resistir ao abandono por até seis meses, depois disso era morte por inanição. Coincidência ou não, as vésperas do meu último post completar seis meses foi solicitado que eu fizesse um blog para a disciplina de informática e comunicação. Confesso que cheguei em pensar seriamente em criar um novo endereço, com novo template e tal. Entretanto, por falta de inspiração, ou com a esperança de ressuscitar esse que me foi tão querido, decidi voltar a postar aqui.

quarta-feira, março 12, 2008

auauau

Marcadores:

oiiiiii

Marcadores:

sábado, novembro 03, 2007

A Morgana resmungava impaciente sentada na barriga de seu pai. Resmungava, resmungava, resmungava... Até que conseguiu o que queria. Alcançou seu pé... Pode então desfrutar das delícias proporcionadas por poder chupar seu dedão do pé. Então ficou lá, feliz da vida, contente que só vendo, chupando seu dedão.

Pensei que tinha que tirar uma foto, mas a câmera estava na sala e o meu edredon tão gostoso que resolvi só contar pra vocês. Da próxima vez prometo vencer a preguiça e registrar a imagem.

domingo, julho 15, 2007

Aos poucos estamos começando a reconhecer o terreno. Não que a Cristóvão e arredores seja uma zona totalmente estranha, mas é sempre bom ir conhecendo os locais em volta de casa. Primeiro foram os supermercados, mercadinhos, padarias, confeitarias e farmácias... os locais necessários para a sobrevivência. Ontem partimos para as locadoras. Na Félix tem duas com uma quadra de distância entre elas. Impressionante a diferença. Nenhuma das duas é grande, mas acho que isso e o fato de alugarem dvds são as únicas semelhanças entre elas. Enquanto uma é daquelas bem de bairro, pequeninha, com uma pessoa atendendo, um pc, promoções boas, preços super reduzidos durante a semana (3,50 os títulos recentes entre segunda e quinta)... A outra tem filmes bem novos disponíveis no sábado à tarde e um aparente complexo de megalomaníaca. Sério; além de pedir os documentos básicos (rg, cpf e comprovante de residência) para fazer ficha lá é necessário registrar as digitais e tirar fotos. Depois de assinar o cadastro a moça me disse: “- Agora vamos lá tirar uma foto” Tudo bem, razoável, já que eles não trabalham com carteirinha, mas quando ela disse que iria registrar minhas digitais no computador, pensei “Ai, daqui a pouco ela me avisa que tem um leitor de íris também”. Vocês tinham que ver a cara do Luís quando eu o chamei entre as prateleiras de filmes para que ele fosse se “identificar”. Os preços também são uma grande diferença, filmes de 2004 para cá custam 7 reais e não tem promoções, os títulos bem antigos são 5. Ou seja, durante a semana o mesmo título sai 3,50 em uma e 7 em outra, e é só uma quadra de diferença. Fiquei pensando será que uma leva “Floresta” e outra já é “Moinhos de Vento”? Só pode. Mas é engraçado encontrar duas locadoras praticamente desertas no final da tarde de um sábado, principalmente para quem estava acostumada às filas absurdas da Espaço Vídeo da Fernandes Vieira. Ainda não criei uma teoria para explicar este fato, mas aguardem que em breve eu crio.

sábado, junho 30, 2007

Seis e vinte da manhã de um sábado e eu acordada, desde as 4. Detalhe, detalhe. Nesta última semana os horários da pequena viraram, mas a culpa é nossa – dos trabalhos da faculdade. Me deu fome, acabei com os cremes instantâneos esses dias, mas ainda tem os do Luís. Não, nós não separamos a comida, mas não consigo me imaginar comprando um creme de mandioquinha. O negócio até que é bom, mas os meus de ervilha eram melhores. Preciso comprar mais dessas coisas. Só liguei o computador para ter companhia nessa ronda matutina. Nessas horas bate uma falta da mãe para conversar. Sempre que eu acordava de madrugada levantava para fumar um cigarro na sala e ela acordava também. No final da gravidez isso acontecia muito. Tínhamos papos surreais às vezes as três da manhã. As vezes falávamos de coisas mais sérias, de preocupações. Era um momento só nosso, enquanto o resto do mundo dormia. Nunca havia me dado conta do quanto gostava disso... são das coisinhas pequenas do cotidiano que sentimos mais falta.

segunda-feira, junho 18, 2007

Esses dias no meio de outras coisas minha mãe comentou que as coisas mais legais ou sinceras ou importantes ou outra coisa que não lembro são clichês. Na hora não dei bola para a frase, mas tenho que admitir que concordo. Há meses meu blog esta totalmente abandonado, escrevo um texto que outro lá de vez em quando, mas sem muita assiduidade ou compromisso. Antes eu achava que era a falta de tempo, mas ficando um mês em casa sem poder fazer muita coisa que não ficar na cama ou no pc o ritmo do blog não mudou muito. Há uns dias ainda dei uma olhada nos arquivos de um ano atrás e uma coisa me chamou a atenção, muitas reclamações sobre a falta de tempo e mesmo assim muitos textos. E, agora, tanto tempo, tantas mudanças em mim, na minha vida, no meu corpo, na minha cabeça e só tão poucos textos sobre tudo isso. Falta de assunto é que não é. Falta de inspiração?

Hoje pela manhã estava na casa da mãe – sim, agora eu tenho também a minha – e enquanto conversávamos comentei com ela que ainda não havia conseguido postar nada depois do nascimento da Morgana, pois tudo que eu pensava escrever me parecia deveras clichê. Ela disse que também estava com essa dificuldade. Que ia escrever sobre o nascimento da neta ou a saída da filha de casa e quando via tinha a sensação que estava escrevendo para um daqueles PowerPoints cheios de florzinhas. Agora quando me lembrei da frase dela – a qual nem lembro direito – percebi que ela estava certa, as coisas grandes da vida são mega clichês. Entendi então o porquê de tanta ‘falta’ de inspiração. Na realidade é o medo de ser clichê. Portanto, informo aos interessados que é bem provável que este blog torne-se mais atualizado e bem clichê, pois estou numa fase bem assim e a partir de agora falarei sim da alegria de olhar para o filho, da angústia de saber que o filho não poderá ser protegido o tempo todo, do quão fantástico é desembrulhar a primeira geladeira. Enfim, tentarei voltar a escrever sobre a minha vida, afinal só lê quem quer.