domingo, fevereiro 19, 2006

Sabe quando tu sabe muito da matéria tem certeza que pode ir muito bem na prova, mas mesmo assim fica com medo do dia da prova? Sabe quando aí tu faz a prova e ganha 10? Dá o maior orgulho de si mesmo, não dá? Um alívio, uma alegria por não ter se enganado pensando que sabia ... não é bem assim? Na realidade é assim que me sinto.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Vestida, maquiada e atrasada. O que diabos faço na frente do computador? Pois bem, estava pronta para sair de casa quando descobri que a minha chave não estava. Alias, minha chave já saiu de casa faz tempo. Sim, sim, mamy levou a minha chave e a dela, a Ju levou a dela e eu... Bem, eu não aprendi a voar, ainda. Então estou aqui, atrasada, pronta e sem ter o que fazer....

Na calmaria do dia, entre um barulho e outro de um vizinho, impera o silêncio. Tanto mundo lá fora, mas nada importa. Lá fora é outro mundo. Quero apenas curtir o meu mundo. Passear meus dedos entre teus cachos enquanto dormes. Ouvir a respiração forte que rompe o silêncio. Ficar ali quietinha só te olhando. Armazenar alegrias para enfrentar o que vem lá de fora. Encosto-me em ti para sentir tua pele quente e macia e fico aguardando o sonho chegar.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

como disse o Macki: pais sempre conseguem nos surpreender

"aquele blog q tem uma tulipa negra é o teu?" - mãe
"sim, quem mais teria 20 fotos minhas em um blog?" - eu
"bah, eu não vi"- mãe

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Eu não sei bem o que passa na cabeça das pessoas. Uma coisa que me questiono é como as pessoas saem por aí fazendo filhos sem boas condições para criá-los. E estou falando de filhos que são programados. Filhos gerados por descuido, camisinhas estouradas, pílulas esquecidas ou de farinha, diu que não deu certo... Bom, tudo isso eu entendo e acho normal. Até a pouco achava que grande parte das mulheres que têm filhos cedo era devido a essas falhas de percurso; todavia, tenho visto que não é bem por ai. Ontem mesmo tive dois diálogos que me mostraram isso. Uma das gurias que trabalham la na loja me contava que com a minha idade estava grávida da segunda filha e perguntou se eu não desejaria ter filhos, isso como quem diz “já que ainda não tens como seria o normal”. Eu respondi que sim, quero muito ter filhos; porém, não é o momento. Por que falta um marido? Não exatamente, bem um marido até falta, mas atualmente só um marido não me faria resolver ter filhos. Primeiro quero acabar a faculdade, depois arrumar um emprego bacana, ter melhores condições financeiras e, só então, pensarei seriamente em ter um filho, com ou sem marido. Claro que ninguém está livre de uma camisinha que furou, de um método anticoncepcional que deu errado e de tantas coisas, mas filho planejado só daqui a um tempo. Ela falou que entendia, pois eu tinha metas. Para mim ficou meio perdida aquela frase, pois sempre achei que todos tínhamos metas. Mais tarde conversava com outra moça, dois anos mais velha que eu, que é casada e tem um filho. Levando em conta o que ela ganha, e a profissão do marido, imagino que a renda familiar não seja muito maior que a minha renda pessoal , e são dois e tem um filho. Mesmo assim ela está decidida a tentar outro filho agora. Isso me parece tão irreal. Bom, de certo modo eu entendo. Eu entendo um lado dessas mulheres, o lado instintivo. O que antes eu considerava lenda, eu já percebi que existe. Chega uma certa idade que algumas mulheres são tomadas pelo desejo de ser mãe e, por que não, de casar e ter uma família só sua. Instinto de preservação da espécie, imagino. Eu já passei, há alguns anos, da idade biológica ideal de se ter o primeiro filho e o nosso corpo nos dá alguns recados. Como diria a Kika, passamos por fases uterinas, em que o desejo de ser mãe aparece e nos atucana horrores. Isso já aconteceu com algumas amigas minhas e por isso sei que não é uma nóia minha. Porém, existe uma diferença entre ter instintos e seguir instintos. Nós como seres humanos temos o lado racional também e esse impede que planejemos um filho em situações não muito propícias, nos faz tomar aquelas bolinhas coloridas todos os dias ou uma injeção mensalmente. Tipo, eu entendo a vontade dessas mulheres em terem filhos aos vinte e poucos anos; porém, não entendo como a falta de perspectivas e condições legais de criar esses filhos não interfere. Vontade de ter um filho grande parte de nós tem, mas é difícil entender que algumas levem em conta seus salários, seus estudos, suas possibilidades e outras esqueçam de tudo isso para seguir seus instintos. Eu que planejava um filho pelos vinte sete já ando me convencendo que terei que esperar mais tempo, visto que aos vinte e sete estarei me formando, quem sabe aos trinta, trinta e dois... Isso não é uma crítica, é apenas uma consideração a respeito das diferenças entre seres humanos.

domingo, fevereiro 05, 2006

Quando abriu os olhos não conseguiu distinguir onde estava. Apenas teve certeza que aquela não era a sua cama e nem uma outra que ele estivesse acostumado a freqüentar. Na realidade não se assombrou, pois não era a primeira vez que acordava em cama de outrem sem certeza de como parara lá. Certo que em alguns instantes a memória iria voltar e, sem muito custo, lembraria até do nome da dona da cama. De qualquer forma a dona da cama tinha bom gosto, pois além de colocá-lo nela ainda possuía lençóis macios e travesseiro fofo. Resolveu virar-se e, já que a sua memória não resolveu ajudá-lo, recorrer a memória visual. Vendo a moça certamente recordar-se-ia com mais facilidade da noite. Virou-se apenas esperando que seu gosto não houvesse lhe traído. Ela não estava lá. Olhou em volta e percebeu que aquele quarto não parecia muito feminino. Besteira, hoje muitas mulheres tem quartos neutros, não existem mais diferenças entre quartos masculinos e femininos depois de uma certa idade. A bem da verdade parecia um quarto de casal, um guarda roupas enorme e outros detalhes que lhe fizeram ter certeza que havia se metido em uma fria outra vez. Tentou forçar a mente para os acontecimentos da noite anterior, a bebedeira não podia ser tanta. Porém, não conseguia recordar-se nem sequer de ter saído. Refez no cérebro os acontecimentos desde que saíra do trabalho. Passara no mercado e comprará um vinho tinto e ingredientes para preparar um macarrão. Sim, na noite anterior a Soninha iria jantar em sua casa. Logo que chegou em casa a Soninha ligou dizendo que sua prima de Minas havia chegado de surpresa e que o jantar teria que ser adiado. Ligou para o Alberto para ver qual seria a boa, mas ele se desculpou e disse que como achou que iria rolar o esquema com a Soninha havia marcado de ir ao cinema com aquela moça da cafeteria e que se desmarcasse perderia a oportunidade de descobrir se além dos olhos ela tinha a pintinha da Angélica. Ficara puto e desanimado, abrira o vinho e fora passar o tempo no computador. Lembrava que perto da uma desistira de conseguir um programa promissor na Internet e fora deitar. Lembrava-se de ter escovado os dentes, tomado uma chuveirada e deitado em sua cama. Isso era ridículo, ele lembrava de ter se deitado em sua cama, em seu quarto e acordara naquele quarto estranho. Não, ele não saíra, não bebera horrores e dormira com uma desconhecida. Ele fora dormir como um bom moço,sozinho, em sua própria cama. Ou ele virara sonâmbulo de uma hora para outra ou algo muito fora do normal havia acontecido naquela madrugada. De qualquer forma, percebeu que não iria chegar muito longe deitado naquela cama, se existia alguma explicação deveria estar fora dali. Levando da cama e foi procurar suas roupas, apenas encontrou uma calça de pijama que, certamente, não lhe pertencia. Todavia, a vestiu, pois enfrentar o desconhecido nu já era demais. Saindo do quarto viu que a peça do lado era um quarto de criança, um quarto bem decorado, cheio de frufrus e havia outra peça com a porta fechada. Seja lá a maluquice em que havia se envolvido ela, certamente, contava com uma mulher casada. Chegou a temer dar de cara com um marido pela casa, mas não poderia ficar para sempre trancado em um quarto estranho. Desceu as escadas e notou que havia movimento do que parecia ser a cozinha, resolveu ir até lá. Uma mulher de seus quarenta anos cozinhava. Quando se virou seu rosto pareceu familiar, mas logo percebeu que era apenas impressão. A mulher tinha os ares da Soninha, mas uns quinze anos mais velha. Teria eu dormido com a irmã mais velha da Soninha? Besteira, devo estar louco. Antes que pudesse pergunta algo, a mulher começou a falar. Amor, achei que nunca irias acordar. Lembra que ficaste de pegar o Junior no futebol? A Ritinha foi para a casa da mamãe. Achei que não irias te importar. Tudo bem? Está com uma cara estranha... Deixou a mulher falando sozinha e foi procurar um banheiro, precisava lavar o rosto e acordar. Aquilo era um sonho, certamente ainda estava dormindo. Banheiro encontrado, fechou os olhos e meteu a cabeça dentro da pia, quando abrisse os olhos estaria em sua cama, em seu quarto, em seu apartamento. Ao abrir os olhos continuava no mesmo lugar, levantou a cabeça e deu de cara com sua imagem no espelho. A imagem também era estranha.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

E a vida segue... Eu estava correta quando disse que as coisas melhorariam, sim, elas foram melhorando. Sim, eu também estava certa quanto a participação de pessoas nessa possível melhora. Bastaram alguns encontros com amigos, um período estendido com meu namorado e muitos papos, no geral, e as coisas voltam a fazer sentido. Não sei ao certo o que melhorou definitivamente meu humor. As partidas de canastra, eu perdendo, talvez tenham feito a sua parte. A banana split também pode ter contribuído positivamente. Ser expulsa de quatro bares em uma noite de segunda-feira me empolgou a pensar em bater novos recordes. O carinho dos amigos, as besteiras dos amigos, as alfinetadas dos amigos... tudo isso lembra que não estamos tão sozinhos nesse breve percurso por aqui. Longas conversas, dormir e acordar juntinho; enfim, esses momentos íntimos, me fizeram sacudir um pouco a poeira e melhorar bastante o humor. Dia desses ouvi a mais significante declaração de amor e percebi, mais uma vez, que os momentos mais significativos não são os planejados. Enfim, retomei parte da minha doçura e entusiasmo que andavam meio perdidos.