quinta-feira, dezembro 29, 2005

Já é vinte e nove de dezembro. Putz, o ano está tão pertinho do fim. Acabando a semana, o ano vai junto... Para ser sincera, nem sei se eu queria que acabasse. Esse ano não foi fácil; porém, o último semestre foi tão construtivo que nem sei se eras de acabar assim. Mas enfim, fazer o que, né?

Terminei o ano passado sem ter feito nenhum estágio sério na minha área, agora estou no segundo. Neste ano, me encantei, definitivamente, pela profissão que escolhi. Não consigo mais me imaginar longe da comunicação, não posso imaginar eu estudando outra coisa que não PP. Descobri que trabalhar com vídeo pode ser algo muitíssimo interessante também e que para fazer um trabalho legal não precisa ser um ser de outro mundo, basta dedicação.

No âmbito familiar vejo que as coisas mudaram para caramba. Acho que no geral o que mudou foi a minha postura, mas gostei das mudanças. Estou mais próxima das pessoas da casa apesar de ter conquistado uma independência muito maior nesses 365 dias. A minha irmã tornou-se uma parceira de festas e projetos, algo que me surpreende super positivamente.

Minhas relações com as pessoas próximas mudaram bastante. Algumas se aproximaram mais, outras foram se afastando. Todavia, uma regra única anda norteando as minhas relações de amizade, só ficou por perto quem aceita respeitar eu como eu sou. De um modo geral, minhas relações com colegas de faculdade se estreitaram bastante. Conquistei novos amigos e tornei-me bem mais próxima de alguns mais antiguinhos. Com um certo Mancebo os laços ficaram tão fortes que passou de grande amigo a namorado, hauhauhau. Certo que essa foi a modificação mais marcante, pois além de mudar a nossa relação, tem feito com que eu mude muito minha relação comigo mesma.

Esse ano foi complicado em diversas questões, pois fez um mexer com muitos medos e inseguranças. Foi um ano de desconstrução de sonhos e de quebra de pré conceitos. Foi um ano no qual me dei o direito de buscar coisas que pareciam improváveis. Não me lembro de, em um período da minha vida, ter aceitado tantos desafios. O melhor de tudo, é que percebi que quando aceitamos o desafio e lutamos por ele, temos muitas chances de sermos vitoriosos. Enfim, parece que segui a risca o que o Luis disse no último post do ano passado e fiz deste ano o melhor de minha vida. Todavia, descobri esse ano que a última vez tem grandes possibilidades de ser a melhor. Então, desejo a todos nós que o próximo ano seja o melhor de nossas vidas. E agradeço a todos que de uma forma, ou de outra, estiveram próximos e fizeram 2005 ser o que está sendo, pois ele ainda não terminou.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Frases da Semana


A pornografia não devia ser só impressa? (André Ressel)

O artista é quem faz o outro gozar... (Marcela Panke)

Entrar no orkut é que nem se internar no AA. (Amaralina Xavier)

Tu é o menino da relação (até que se prove o contrário). (Amaralina Xavier + André Ressel)

Existem três categorias de pessoas... As muito bonitas, que não existem; as bonitas, que existem e as feias, que, enfim... (Luis Felipe dos Santos) – Essa acabou de sair do forno

sábado, dezembro 24, 2005

Não sei bem porque, mas comecei a lembrar-me do Natal de dez anos atrás. Talvez porque tenha sido um dos Natais mais legais depois da infância. Foi o primeiro Natal que passamos só nós três a meia noite e, pensando bem, isso aconteceu pouquíssimas vezes até hoje. Lembro-me que o clima era leve e, na realidade, parecia mais fim de ano do que Natal. Acho que estávamos adiantando a nossa virada de ano, já que a de fato não passaríamos juntas. Era um fim de ano que tínhamos muito a comemorar. Seja por acontecimentos bons do ano, seja por ele ter chegado ao fim e todos termos sobrevivido.
Em noventa e cinco minha mãe ganhara independência, tinha pela primeira vez uma casa dela e, acredito, estava feliz com isso. Eu havia me tornado filha de pais separados e isso era um bocado estranho. Também havia me tornado uma adolescente típica, com direito a viagens de turma, namorado dentro de casa e motivos para me revoltar com o mundo. Além do mais, estava prestes a entrar no segundo grau. É impressionante como alguns anos parecem que vêm para dar uma reviravolta na vida da gente e passam deixando uma necessidade imensa de assimilação, aquele foi um ano desses. Lembro que enquanto brindávamos a mãe disse que o próximo ano seria uma fase de se adaptar a todas as mudanças e, de certo modo, foi. Por mais louco e, de certa forma triste, noventa e cinco está entre os melhores anos que já vivi.
Muito engraçado como as lembranças vieram claras. Lembro-me até da roupa que eu usava, um vestidinho preto com flores laranja. Putz, como eu queria ter uma sandália igual a que eu usei aquela noite, salto baixo, graciosa e extremamente confortável. Ah, naquele ano também passei a usar salto. Lembro de acabar a noite sentada, com algumas latinhas vazias em volta, na escada de um prédio comercial na Dona Laura, o prédio onde era o consultório do psiquiatra do meu pai. Que viagem.

Mas, enfim, chega de nostalgia. Por mais campanhas contra que eu tenha feito, o tal do Natal está aí, então: Feliz Natal para todos.

quarta-feira, dezembro 21, 2005

A frase do dia

Ao ser indagada, por mim, por que as coisas eram tão complicadas:

- Porque tu é adulta.

By Kika Freitas

(essa doeu)

"Ta cansada senta
Se acredita tenta
Se tá frio esquenta
Se tá fora entra
Se pediu agüenta

Se sujou cai fora
Se da pé namora
Ta doendo chora
Ta caindo escora
Não tá bom melhora

Se aperta grite
Se tá chato agite
Se não tem credite
Se foi falta apite
Se não é imite

Se é do mato amanse
Trabalhou descanse
Se tem festa dance
Se tá longe alcance
Use sua chance

Se tá puto quebre
Ta feliz requebre
Se venceu celebre
Se ta velho quebre
Corra atrás da lebre

Se perdeu procure
Se é seu segure
Se tá mal se cure
Se é verdade jure
Quer saber apure

Se sobrou congele
Se não vai cancele
Se é inocente apele
Escravo se rebele
Nunca se atropele

Se escreveu remeta
Engrossou se meta
Quer dever prometa
Pra moldar derreta
Não se submeta"

Do it
Lenine

segunda-feira, dezembro 19, 2005

sei lá

A Karine atualizou o blog depois de Seis meses, o Luís depois de uma cara escreveu sobre ele. Eu fico pensando o quanto não ando escrevendo sobre mim, o quanto ando falando pouco sobre mim. Não sei ao certo se isso é porque ando em uma fase introspectiva ou por simplesmente recear baldes de água fria em minha cabeça. Tem o tal do tempo, mas acho que o tempo é sempre a melhor desculpa, pois sei muito bem que sempre encontramos um espacinho para o que desejamos. Outra coisa que, talvez, venha contribuindo para esse relativo silêncio são as incertezas. Fiquei com tanto medo de dizer que algo é que acabei escolhendo o tal do verbo estar para tudo que penso. Isso é fantástico para a geminiana guardada em mim, mas complicadíssimo para a taurininha que costuma se manifestar. Escrever no estar é sempre mais complicado, acaba batendo o relativismo e acabo sempre voltando ou ponto do “OU NÃO”. Certo que ando um problemas com isso, queria muito acreditar que as coisas são, queria pensar menos que tudo é uma fase e que logo acabará. Talvez curtisse bastante essa forma de ver as coisas se nada estivesse dando certo, mas quando tudo parece funcionar em uma sincronia perfeita a idéia de que em breve os ventos mudarão me entristece bastante. Lembro-me de um texto que li para a cadeira de Filosofia lá na Puc. O texto era sobre as certezas que inventamos para que possamos sobreviver e viver um cotidiano normal. Algo sobre não termos certeza de nada e que se nos déssemos conta e incorporássemos essa idéia para a vida diária nada mais faria sentido e ninguém conseguiria levar sua vida. Pensar o tempo inteiro que em segundos podemos ser atropelados, soterrados pelo prédio da faculdade ou mortos em um assalto no trabalho faria com que não tivéssemos um porquê. Para seguirmos nossas rotinas precisamos crer que estaremos vivos no segundo posterior. Para quase tudo na vida fazer algum sentido precisamos crer que existe um futuro. Para que serve a faculdade se não irei me formar. Se duvidássemos que estaríamos vivos em dois anos continuaríamos a estudar ou trabalharíamos apenas para sobreviver mais um mês? Sem crer no futuro é passível investir? Seja no trabalho, na faculdade ou no amor? Pois bem, ando em um conflito interno bem grande, de um lado eu creio porque sou humana e se não crer não tenho um porquê, do outro duvido, pois sou humana e tenho medo de me decepcionar com a vida. Ando meio de saco cheio desse meu lado que duvida, ando sentindo falta de me permitir sonhar mais. Lembro do que eu sempre dizia: “se tu bater com a cara na parede o máximo que acontece é quebrar o nariz “. Hoje existem ótimas próteses de nariz, mas existiram próteses de alma?

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Esse ano

Enquanto o weblogger não colabora, esse será meu blog pessoal.


Em menos de um mês esse ano acaba e, acho, que pela primeira vez não consigo avaliar o ano que se vai como uma unidade. Geralmente, quando começa a terminar o ano eu olho para trás e digo esse ano se caracterizou por começos, por fins, por continuidades, por “assentamentos”, enfim, por alguma coisa. Todavia, desta vez não estou conseguindo fazer isso. Esse ano começou com continuidades e inícios, depois teve uma fase de encerramento de várias coisas e esses últimos meses foram marcados por continuidades e inícios. Não me lembro de já ter tido um ano tão irregular e mutante, talvez isso seja porque foi o meu ano numerológico. O ano sete, mesmo número meu. Sei lá. Pensando em um âmbito maior, talvez, até encontre uma unidade. Foi um ano de encontros comigo mesma. Um ano de ver na prática o que eu quero. Onde as expectativas e os sonhos se chocaram com a vida real, com a prática. Onde comecei tentando viver minhas idealizações e acabei desistindo e partindo para a vida de fato e vendo que a vida “como ela é” é bem mais completa que as minhas idealizações. Estágios idealizados, amigos idealizados, amores idealizados... tudo foi ficando para trás. Pessoas mais reais, mais cheias de erros confessos, amigos imperfeitos, trabalho mais capitalista, eu sem tentar ser perfeita. Enfim, talvez nisso se resuma esse anos: um encerramento das idealizações e um ingresso na vida mais real e, por incrível que pareça, bem menos cruel.