domingo, janeiro 21, 2007

Com tantas palavras interessantes, de significados confusos e obtusos, a que mais me prende a atenção é uma tão simples e comum. Talvez por ter me gerado a primeira grande confusão sobre a grafia das palavras. Lembro-me ainda quando aprendi a escrever muito. Para mim aquilo não fazia sentido algum. Tanto que aprendi errando, tocando um N onde não existia. Como não existia? Escute bem: MU – IN – TO. Não lhe parece claro? A mim parecia. Pareceia-me, inclusive, estúpida a professora que tentava convencer-me do contrário. Ora, onde já se viu não existir o N? A professora disse que não existia e pronto e aproveitou meu erro para falar sobre a ausência do N para o restante da turma. Lembro que depois disso a turma foi levada para igreja para assistir ao culto e passei todo o tempo indignada com o tal do MUITO. Um traidor, um crápula, que só servia para me deixar mais insegura naqueles primeiros contatos com a escrita. Atualmente até entendo a ausência do N, mas não posso dizer que não restem ressentimentos.  

terça-feira, janeiro 02, 2007

tchauzinho 2006

Dois mil e seis acabou e não deixou mágoas. Não só não deixou mágoas, como só não fiquei triste com seu fim por saber que tudo indica que dois mil e sete será melhor ainda. Os últimos três anos têm sido assim, acabaram com belos saldos positivos. Grande contraste com os anos anteriores nos quais o fim trazia o alívio e a esperança de que o próximo não poderia ser pior – nessas horas esquecemos que nada é ruim o suficiente que não possa piorar. Mas as coisas vêm melhorando, não sei se é uma fase boa ou se eu que aprendi a valorizar mais o que tenho e menos o que ainda falta. Talvez a convivência pacifica entre eu e eu mesma contribua bastante para isso. Cada dia entendo menos quem diz que a infância ou a adolescência é a melhor fase da vida, pois parece que os anos só trazem melhoras. Uma felicidade mais tranqüila, mais serena, mais estável.
Hoje, de madrugada, uma coisa maravilhosa aconteceu. Quando chegávamos da rodoviária olhei para a minha barriga e consegui perceber com perfeição o lugar onde o meu bebê estava. A visão deformada da minha barriga foi fantástica, um pedaço visivelmente bem mais volumoso, parece que dizendo: “-Hei, mamãe, estou aqui. Pode me fazer carinho.” Pela cara que a minha irmã me olhou, acho que a maioria dos que lêem esse blog não entenderão bem o que senti, mas que foi fantástico foi.
Enfim, desejo a todos um belo ano, repleto de belos momentos e, principalmente, com muita paz de espírito, muito amor próprio e muita satisfação com a vida.