quinta-feira, junho 08, 2006

No fim o automático pifou e fui obrigada a continuar gente, obrigada a continuar dormindo vez que outra e sentindo e pensando e todas essas coisas que pessoas fazem. Não sei bem se o automático era só para produzir em demasia ou para não me stressar com os outros seres humanos. Não me lembro, ao certo, qual foi o outro semestre da faculdade que foi tão ruim quanto esse; segundo ou terceiro, acho. Esse semestre está daqueles sem encanto, sem sal, sem gosto e com muito trabalho. Trabalhos grandes e, na maioria, muito chatos. As cadeiras parecem reprises mal editadas de anteriores. Não acrescentam grande coisa (estou sendo simpática, poderia dizer coisa alguma) e ainda são trabalhosas. Um semestre só para cumprir tabela... De um modo geral minha crença na humanidade, principalmente no que se refere a comunicadores, anda em baixa. Não tenho feito muita festa, nem muitos passeios. Ando com uma rotina bem medíocre. Entretanto, no trabalho, tenho encontrado alguma satisfação. Quando não nos simples afazeres, no convívio diário com a infância. Bebês são a melhor coisa do mundo e percebo que existe uma simpatia deles comigo, não só dos bebês, mas das crianças em geral. Vira e mexe tem um abrindo os bracinhos e pedindo colo ou oferecendo a mãozinha para ajudá-lo a caminhar pelos corredores ou até mesmo uma criança querendo dar um beijo na tia ou um tchauzinho, loucos de faceiros de ir embora. O contato com o público adulto às vezes não é o mais agradável; porém, depois de algumas considerações externas tenho aceitado de forma melhor algumas grosserias e tentado compreender que a compreensão do mundo que cada um tem é bem diferente. Do grupo de trabalho não tenho o que reclamar, ao menos os que trabalham direto comigo têm sido muito solícitos e acolhedores. Enfim, tenho encontrado não trabalho a satisfação que anda faltando com a faculdade e o piloto automático foi para o conserto.