Todos os dias a história era a mesma. A mesma angústia, os mesmos medos, a mesma raiva, a mesma culpa pela raiva, as mesmas dores, o mesmo sentimento de impotência. Tudo, tudo, sempre igual. As vezes menos igual, as vezes fugia, se metia em outro canto, as vezes cansava, se escondia em seu mundo. Um mundo particular em que poucos podiam entrar, um mundo em que a raiva não era convidada, um mundo no qual se despia de tudo, em que deixava a ternura tomar conta e só o amor e a beleza eram homenageados. Eram universos paralelos, portas dividiam a vida. O bom e o ruim, o péssimo e o ótimo. O real e o sonho. Qual era o real e qual era o inventado? As vezes um, as vezes outro. As vezes sabia que os dois eram reais, as vezes duvidava dos dois. As vezes cansava de dividir seu mundo em dois. As vezes pensava que o bom podia ser o único. As vezes temia que se o ruim sumisse o bom se torna-se ruim. Medo, medo, medo. Classificados, ofertas, possibilidades. Eu posso. Força. Eu posso sim. Força. Não é fácil. Medo. É difícil. Medo. Dor. Dor. Angústia. E assim seguia transitando cotidianamente entre os dois mundos. Seriam as dores inventadas? Seria a beleza criação? Talvez um dia descubramos qual era de verdade. Ou talvez não. Talvez sem saber o que era real e o que era sonho transformaremos o sonho em real e a realidade em uma lembrança distante. Talvez sim, talvez não.
segunda-feira, agosto 14, 2006

Aqui serão encontrados textos ficcionais e reais. Como as coisas, as vezes, se misturam e tem gente que não tem saco para um dos dois as cores serão diferentes . Textos pretos trazem as minhas verdades e textos coloridos são a verdade por outros olhos.
[Outras verdades ]
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1 Comments:
Oi Re. Eu tenho uma toalhinha de mão da minha filha com o símbolo do INTER. Vou fotografá-la e postar pra ti. O gráfico não tenho, se encontrar, te mando.Adorei teu blog. Bjs.Luisa
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